28 de abril de 2013

Terras Potiguares: Areia Branca



Areia Branca

“O sertão chega ao mar”

Quando vários colonos pescadores se estabeleceram, nos idos de 1860, na região chamada de Areias Brancas, na Ilha de Maritacaca, estava nascendo um futuro município. A ilha já não mais existe, é apenas historia, porque com o crescimento da cidade, vários aterros foram realizados e a área transformou-se numa península.
Gorgônio Ferreira de Carvalho foi quem primeiro construiu casa de tijolos nas Areias Brancas, no ano de 1867. O pequeno povoado foi avançando e em 1873 foram erguidas a primeira escola e a Capela de Nossa Senhora da Conceição. A capela teve pouco tempo de existência, sendo demolida em 1877, e reconstruída no ano de 1885.
Com vocação produtiva voltada para a pesca e a extração de sal, as Areias Brancas receberam muitos sertanejos durante o período de Grande Seca, entre os anos de 1877 e 1879, que deixaram as suas terras de origem em busca da sobrevivência, se estabeleceram no novo povoado e passaram a trabalhar na agricultura. Tornou-se, naquela época, o principal entreposto de comercial de Mossoró.
O povoado de Areia Branca foi desmembrado de Mossoró em 16 de fevereiro de 1892, pelo Decreto Estadual n° 10, e elevado à categoria de cidade em 24 de outubro de 1927.
Segundo a história, Areia Branca também serviu de refugio para muitos dos que fugiam do recrutamento do Exército para o combate na guerra do Paraguai.
Areia Branca está localizada na região aonde o sertão chega ao mar, Litoral Norte do Estado, na chamada Zona Salineira, a 330 quilômetros de distância da capital, com uma área de 358 quilômetros quadrados de extensão e uma população de 23.501 habitantes, dos quais 18.449 vivem no setor urbano e 5.052 na zona rural. Areia Branca limita-se com Serra do Mel, Mossoró, Porto do Mangue, e o Oceano Atlântico.
Seguindo sua vocação natural, a economia de Areia Branca continua forte no pescado e na extração de Sal. Mas, somou-se a isso: a produção de mel de abelha, a extração de petróleo e gás natural e a agricultura, com ênfase para castanha de caju. Outro marco na economia do município é o Terminal Salineiro de Areia Branca, o chamado Porto Ilha, uma verdadeira cidade que flutua no mar, a 20 quilômetros de distancia da orla, representando uma estrutura fundamental para o desenvolvimento econômico da região.
O artesanato se destaca com peças de madeira como jangadas e barquinhos; trabalhos feitos em búzios, cocos, cerâmica e palha de carnaúba; talhas e pinturas em tela; e confecções de tricô e rendas.
O turismo local é impulsionado pela Beleza das praias de Upanema, Ponta do Mel, Pernambuquinho, Jacumã de São Cristóvão, Mel de Baixo, Grande, Morro pintado e Redonda. Do litoral, podem-se ver dezenas de magnificas salinas que despontam no horizonte. Outro ponto que atrai a atenção é o Farol de Ponta do Mel.
A cidade tem um animadíssimo carnaval e uma das maiores festas juninas da região. Outras manifestações que se destacam são: a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, Padroeira dos Marítimos, comemorada de 5 a 15 de agosto, que termina com grande procissão no mar, envolvendo todos os barcos da Região; e a festa da padroeira do município, Nossa Senhora da Conceição, no dia 8 de Dezembro.
(Fonte: Terras Potiguares/ Marcus César Cavalcanti de Morais)
















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