Areia Branca
“O sertão chega ao mar”
Quando vários colonos pescadores se estabeleceram, nos idos
de 1860, na região chamada de Areias Brancas, na Ilha de Maritacaca, estava
nascendo um futuro município. A ilha já não mais existe, é apenas historia,
porque com o crescimento da cidade, vários aterros foram realizados e a área
transformou-se numa península.
Gorgônio Ferreira de Carvalho foi quem primeiro construiu
casa de tijolos nas Areias Brancas, no ano de 1867. O pequeno povoado foi
avançando e em 1873 foram erguidas a primeira escola e a Capela de Nossa
Senhora da Conceição. A capela teve pouco tempo de existência, sendo demolida
em 1877, e reconstruída no ano de 1885.
Com vocação produtiva voltada para a pesca e a extração de
sal, as Areias Brancas receberam muitos sertanejos durante o período de Grande
Seca, entre os anos de 1877 e 1879, que deixaram as suas terras de origem em
busca da sobrevivência, se estabeleceram no novo povoado e passaram a trabalhar
na agricultura. Tornou-se, naquela época, o principal entreposto de comercial
de Mossoró.
O povoado de Areia Branca foi desmembrado de Mossoró em 16 de
fevereiro de 1892, pelo Decreto Estadual n° 10, e elevado à categoria de cidade
em 24 de outubro de 1927.
Segundo a história, Areia Branca também serviu de refugio
para muitos dos que fugiam do recrutamento do Exército para o combate na guerra
do Paraguai.
Areia Branca está localizada na região aonde o sertão chega
ao mar, Litoral Norte do Estado, na chamada Zona Salineira, a 330 quilômetros
de distância da capital, com uma área de 358 quilômetros quadrados de extensão
e uma população de 23.501 habitantes, dos quais 18.449 vivem no setor urbano e
5.052 na zona rural. Areia Branca limita-se com Serra do Mel, Mossoró, Porto do
Mangue, e o Oceano Atlântico.
Seguindo sua vocação natural, a economia de Areia Branca
continua forte no pescado e na extração de Sal. Mas, somou-se a isso: a
produção de mel de abelha, a extração de petróleo e gás natural e a
agricultura, com ênfase para castanha de caju. Outro marco na economia do
município é o Terminal Salineiro de Areia Branca, o chamado Porto Ilha, uma
verdadeira cidade que flutua no mar, a 20 quilômetros de distancia da orla,
representando uma estrutura fundamental para o desenvolvimento econômico da
região.
O artesanato se destaca com peças de madeira como jangadas e
barquinhos; trabalhos feitos em búzios, cocos, cerâmica e palha de carnaúba;
talhas e pinturas em tela; e confecções de tricô e rendas.
O turismo local é impulsionado pela Beleza das praias de
Upanema, Ponta do Mel, Pernambuquinho, Jacumã de São Cristóvão, Mel de Baixo,
Grande, Morro pintado e Redonda. Do litoral, podem-se ver dezenas de magnificas
salinas que despontam no horizonte. Outro ponto que atrai a atenção é o Farol
de Ponta do Mel.
A cidade tem um animadíssimo
carnaval e uma das maiores festas juninas da região. Outras manifestações que
se destacam são: a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, Padroeira dos
Marítimos, comemorada de 5 a 15 de agosto, que termina com grande procissão no
mar, envolvendo todos os barcos da Região; e a festa da padroeira do município,
Nossa Senhora da Conceição, no dia 8 de Dezembro.
(Fonte: Terras Potiguares/ Marcus César Cavalcanti de Morais)
(Fonte: Terras Potiguares/ Marcus César Cavalcanti de Morais)
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