18 de novembro de 2014

Macau e sua Beleza !



Macau
“O Porto de Ama”
A povoação teve inicio na Ilha de Manoel Gonçalves, através de Portugueses interessados na exploração e no comércio do Sal, abundante na região. A Ilha de Manoel Gonçalves, entretanto, passou a sofrer, no ano de 1825, processo de invasão das aguas do Oceano Atlântico, dificultando a permanência de moradores na área. Impossibilitados de morar na Ilha, seus habitantes partiram em busca de outro lugar, no ano de 1829, sem se afastarem da região. Encontraram outra Ilha, nas proximidades, mais bem localizada, oferecendo melhores condições para moradia e povoamento. A Ilha descoberta recebeu o nome de Macau, originário de palavra chinesa Amangao, que significa porto de Ama, a deusa dos navegantes. Macau, o porto de Ama, com o passar do tempo e com o desaparecimento por completo da Ilha antiga de Manoel Gonçalves, foi crescendo e se desenvolvendo, consolidando-se como um forte povoado às margens do oceano atlântico.
O povoado de Macau foi fundado pelo capitão português Martins Ferreira e seus genros Antônio Joaquim de Souza, Manoel Antônio Fernandes, José Joaquim Fernandes e Manuel José Fernandes; e o brasileiro João da Hora.
Crescendo sempre, impulsionado pela grande produção de sal, Macau foi desmembrado de Angicos e tornou-se um novo município potiguar, no dia 02 de outubro de 1847, de acordo com a Lei n° 158, sancionada pelo então Presidente da Província, Dr. Cassimiro José Morais Sarmento.
Um fato, entre tantos existentes na vida de Macau, marcou o estilo desbravador e independente desse povo acostumado aos desafios e lutas. Os mais antigos relatam que, no final do ano de 1887, muitos escravos fugitivos e acusados de crimes estavam presos na capital do Estado. Não havia como libertá-los por meio de habeas corpus, que só era possível ser requerido em Fortaleza, capital do Ceará. Tinha que ser enviado um emissário a Fortaleza, mas não havia transporte pronto e rápido na oportunidade. Foi então que Joaquim Honório da Silveira resolveu fazer a viagem pelo mar, enfrentando a fúria das ondas numa pequena jangada chamada Paquete. A viagem foi feita de Paquete e, apesar dos perigos do balanço do mar, chegou ao litoral cearense, onde o habeas corpus foi impetrado e concedido, e os escravos foram libertados. O acontecimento virou um marco vitorioso da historia abolicionista. Em seu regresso a Natal, no dia 3 de janeiro de 1888, Joaquim Honório foi recebido com euforia e carregado em clima festivo até sua residência na Rua Formosa, atualmente Ferreira Chaves.
Localizado no litoral norte do Estado, na Região Salineira do Vale do Assú, o município de Macau está a 176 quilômetros de distancia da capital, tendo uma área territorial de 788 quilômetros quadrados, onde residem 25.700 pessoas, sendo que 18.612 vivem no setor urbano, e 7.088 na zona rural.
Macau já viveu a febre do desenvolvimento da produção salineira e depois teve que enfrentar o declínio de desemprego devido à mecanização da indústria do sal. Em resposta, nos últimos anos, a economia do município tem se tornada eclética, onde se destacam: a extração de petróleo e gás natural; produção de sal, a maior do pais; a pesca; coleta de crustáceos e mariscos; a carcinicultura; a atividade turística; e é rica na matéria prima da barrilha.
O município de tantas riquezas naturais, e forte potencial econômico é parte do chamado Pólo Gás Sal- área de grandes perspectivas de desenvolvimento e produção localizada entre a região salineira e o Vale do Assu – e tem a esperança de ver funcionar a grande fábrica de Barrilha, erguida na entrada da cidade. O artesanato é representado por peças ornamentais feitas de conchas do mar e matérias-primas do coco. O abastecimento d’agua da cidade é feito através de adutora Pendencias/Macau, com captação na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves.
Percorrendo os caminhos do turismo cultural, o visitante pode relembrar a história da terra macauense através de monumentos históricos como a Coluna da Liberdade, erguida em homenagem ao Centenário da Ilha de Manoel Gonçalves, com quatro metros de comprimento por dois de largura, construído em madeira rústica, localizado em frente à Igreja Matriz.
Sempre forte no turismo, Macau conta com praias de extraordinária beleza natural – Barreiras, Salinas, Camapum, Soledade, Tubarão, e Diogo Lopes; com suas antigas e modernas salinas; velhos casarões, o Moinho dos Ventos; Museu Marinho; e Parque de Vaquejada. Macau é a terra-mar de beleza ímpar que pode ser vista em todas as partes: nas raras águas de cores rosa, verde e azul, que são bombeadas e transformadas em Sal; nos cata-ventos gigantes das salinas tradicionais; e nas pirâmides de Sal. No eco-turismo, a cidade, a cidade tem a oferecer ainda: passeios de barco; manguezais; passeios de jangada, caíque, motonáutica e banana boat; mergulhos; caminhadas ecológicas; e passeio de buggy nas dunas.
As manifestações folclóricas que se destacam são o Fandango, a Chegança, o Coco de Roda, a Lapinha e o Boi de Rei.
O Macauense é por vocação alegre e festivo. Todo ano um grande carnaval anima a cidade, com trios elétricos, blocos percorrendo as ruas estreitas, e muita animação na praia. Outras festividades importantes do município são: a Festa de São Sebastião, em janeiro; Verão 100 e o Viva Verão, o Festival de Música carnavalesca, no mês de fevereiro; Festa das Flores (comemora a coroação de Nossa Senhora dos Navegantes), em maio; Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, de 11 a 15 de agosto, com procissão de barcos no encerramento; Festa do Sal, em setembro; e a grande e tradicional festa da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição, de 28 de novembro a oito de dezembro.
(Fonte: Terras Potiguares/Marcus César Cavalcanti de Morais).











19 de julho de 2014

Terras Potiguares: Jaçanã




Jaçanã
“Jericó da Serra do Coité”
Com a participação efetiva de Fortunato de Medeiros, de João Fernandes da Silva, de Francisco de Paula e de Vicente Ferreira Bulhões, começou a ser feita a instalação de uma comunidade na Serra do Coité, mais precisamente na povoação Boa Vista, área de terras férteis para a cultura de sisal e para a lavoura. A localidade se desenvolveu, chegando a ser, em 1938, o núcleo de povoamento no distrito de Jericó, pertencente ao município de Santa Cruz.
O povoamento que passou a se chamar Jaçanã continuou crescendo e passou a contar, entre os anos de 1946 e 1951, com o respaldo do Deputado Teodorico Bezerra, influente político da região. Em novembro de 1953, Jaçanã tornou-se Vila Distrito de Santa Cruz.
Em 26 de março de 1963, através da Lei n°2.845, sancionada pelo então Governador do Estado, Dr. Aluízio Alves, Jaçanã desmembrou-se do município de Coronel Ezequiel, São Bento do Trairi, e o Estado da Paraíba.
Jaçanã tem uma economia voltada para a atividade agrícola com resultados positivos, com destaque para a produção de sisal (agave); maracujá- 2° maior produtor; e castanha de caju. O artesanato é ativo e conta com confecções de roupas e chapéus de couro, trabalhos de tricô, e objetos feitos com sisal.
Destaca-se no cenário do município a Serra de Jaçanã, um dos pontos mais altos do Estado, com 711 metros de altitude. O folclore mantém-se vivo com as apresentações de Bumba-meu-boi e Pastoril.
A festa da padroeira, Nossa Senhora de Fátima, maior da cidade, é realizada no dia 13 de maio, com muita fé popular e animação.
(Fonte: Terras Potiguares/ Marcus César Cavalcanti de Morais)



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