25 de abril de 2013

Terra Potiguares: Apodi



Apodi

“O valor da chapada”

Na época em que os irmãos Manoel Nogueira Ferreira e João Nogueira conseguiram a confirmação da Sesmaria para colonizar a Ribeira do Apodi, nos idos de 1680, existia uma dura disputa pelas terras do agradável vale. Colonizadores e índios Paiacus reivindicavam a posse das terras.
Com a forte revolta e sublevação geral dos índios, ocorrida entre os anos de 1687 e 1696, os irmãos Nogueira, que já haviam feito plantações e instalado a criação de gado, tiveram que se retirar da área. Voltaram anos depois com Manoel Nogueira na condição de Sargento-Mor da Ribeira do Apodi. A partir daí, o território experimentou progresso e crescimento.
A presença de padres Jesuítas e o esforço do trabalho de catequese deram possibilidades para a instalação da Aldeia do Apodi em janeiro de 1700. A Missão do Apodi foi extinta em 1761 e os índios transferidos para a sede do município de Portalegre.
O distrito de Apodi foi criado e sua freguesia instalada por Dom Francisco Xavier Aranha, do bispado de Olinda e Recife, no dia 03 de fevereiro de 1766.o distrito tornou-se município, sendo desmembrado de Portalegre, através de Resolução do Conselho Geral da Província, datada de 11 de abril de 1833, durante a gestão do então Presidente da Província Manoel Lobo de Miranda Henriques. Em 5 de março de 1887, pela Lei 988, recebeu foros de cidade.
Banhado pelas águas do Rio Apodi, o município está a 328 quilômetros de distancia da Capital, e conta com uma extensa área de 1.603 quilômetros quadrados e uma população de 36.391 habitantes, sendo que 17.258 vivem na zona urbana e 19.133 no setor rural. Apodi limita-se com Felipe Guerra, Governador Dix-sept Rosado, Umarizal, Itaú, Caraúbas, Severiano Melo, e o estado do Ceará.
Na economia local destacam-se as atividades de piscicultura, em pleno desenvolvimento; a cultura da castanha do caju; a extração de petróleo, gás natural e água mineral; a agricultura, com frutas tropicais; avicultura; indústria cerâmica; extração da cera da carnaúba e a produção de mel de abelha, maior produtor do Estado.
O artesanato tem destaque com a produção de objetos como chapéus, bolsas, cestas e esteiras, utilizando-se palha da carnaúba e do milho; com a confecção de produtos de argila, artigos para pesca, entalhes de madeira, e bordados.
A cidade tem seu abastecimento d'água através da Adutora Rodolfo Fernandes, com captação em poços tubulares do município, servindo também as cidades de Severiano Melo e Rafael Fernandes. Apodi conta com o maior reservatório d'água da região, o Santa Cruz do Apodi, localizado no Boqueirão Santa Cruz e inaugurado no ano de 2002, com capacidade para quase 600 milhões de metros cúbicos d'água.
O município tem fortes atrações turísticas com destaque para as famosas grutas do Lajedo Soledade, situadas a 12 quilômetros do centro da cidade. Através de inscrições rupestres feitas em pedras calcárias, as grutas mostram aspectos importantes da historia, e tem sido motivo permanentes de visitas de pesquisadores, estudiosos e pessoas que percorrem quilômetros de distancia para observarem seus desenhos.
O ecoturismo local conta ainda com o Sítio Arqueológico do Lajedo de Soledade; extensa vegetação da Carnaúba; o Rio Apodi; e a Lagoa do Apodi. Já o turismo cultural oferece visitas ao Museu Arqueológico, ao Casario, à Igreja Matriz, e ao prédio sede da Prefeitura.
A principal festa da cidade é a da padroeira, Nossa senhora da Conceição, que ocorre no dia 8 de Dezembro. Destacam-se também o carnaval apodiense, cada vez mais aglutinador de foliões de toda a região do Médio Oeste; e a Feira Intermunicipal de Cultura e Turismo.
(Fonte: Terras Potiguares/ Marcus César Cavalcanti de Morais)










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