30 de abril de 2013

Terra Potiguares: Arês



ARÊS

“Jacamahuma chega a Guaraíras”

Devido a desentendimentos do aldeamento Papary, o cacique Jacamahuma parte em busca de novas terras e as encontra às margens da Lagoa de Guaraíras. Surge dessa forma a primeira comunidade do que viria a ser a futura Vila de Arês.
A chegada dos holandeses já encontra a comunidade com sinais de progresso. O estrategista Maurício de Nassau manda abrir um canal para a entrada de navios na Lagoa, e planeja a construção de um porto no local.
O projeto, entretanto, não conseguiu ser concretizado. Os holandeses foram expulsos, perseguidos pelos portugueses e, no esforço de resistência, construíram fortificações numa ilha existente no centro da Lagoa. Os soldados fugitivos permaneceram nas fortificações da Ilha do Flamengo, nome dado pelos holandeses, ate a derrota final em 1651.
Os padres jesuítas chegaram a localidade em 1959 e, comandados pelo Padre Sebastiao Figueredo, iniciaram ação da catequese junto aos aldeamentos indígenas de Guaraíras, construindo Igreja e Convento.
Por ordem Regia de D. José I, Rei de Portugal, do ano de 1758, os aldeamentos indígenas deveriam ser suprimidos e transformados em vilas com elementos jurídicos de autonomia local. Dessa forma os jesuítas foram expulsos, e no dia 15 de junho de 1760 a comunidade recebeu o titulo de Vila, com o nome de Vila Nova Arês, dado pelo Juiz de Olinda, Miguel Carlos Caldeira Castelo Branco. O nome Arês representa uma homenagem dos portugueses a uma vila existente com o mesmo nome no Alentejo, em Portugal. A Vila Nova de Arês foi a segunda Vila fundada no Rio grande do Norte e uma das primeiras células da formação municipalista do Estado.
No dia 7 de agosto de 1832, Arês deixou de ser município e passou a integrar o novo município de Goianinha. Somente no ano de 1876, quando era Presidente da Província o Dr. Antônio Passos de Miranda, Arês voltou a ter o privilegio da autonomia, tornando-se, novamente, município, pela Lei n° 778, de 11 de dezembro daquele ano.
O município está localizado a 48 quilômetros da capital, contanto com uma área de 113 quilômetros quadrados de extensão, e uma população de 11.458 habitantes, sendo que 6.846 vivem na zona urbana, e 4.612 no setor rural. Arês limita-se com Nísia Floresta , Goianinha, Tibau do Sul, Senador Georgino Avelino e São José de Mipibu.
A economia do município é baseada na pesca, na carcinicultura e na agricultura. Conta também com grande produção de açúcar e álcool, através da presença de uma das maiores empresas da região: a Usina Estivas. O abastecimento d'água da cidade vem da chamada Grande Lagoa: a Lagoa de Guaraíras.
Seu artesanato tem trabalhos de tecelagem com destaque para a confecção de redes de dormir; objetos feitos de palha; trabalhos em labirinto; rendas e artigos de cerâmica.
O folclore local se mantém ativo com manifestações populares onde se destacam o Pau Furado, Boi de Redes, Pastoril e Fandango.
Seus principais atrativos turísticos são a Lagoa de Guaraíras e a Ilha do Flamengo, representando história e beleza natural. O visitante pode também ver a história na Igreja e no Convento, ambos construídos pelos jesuítas; na Santa Coluna; no Canhão; e no Mural em relevo de pedra.
O município tem comemorações para dois santos padroeiros. A festa de São Joao Batista, que acontece no dia 14 de junho, e a de Nossa Senhora da Conceição, no dia 8 de dezembro. Também se destacam as festas de Santos Reis, 5 e 6 de janeiro; de emancipação politica, dia 15 de junho; do Camarão, em novembro; e a Amostra Cultural das Escolas do município, em agosto.
(Fonte: Terras Potiguares/Marcus César Cavalcanti de Morais)










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