19 de fevereiro de 2014

Terras Potiguares: Ipanguaçu



Ipanguaçu
“A prosperidade de Sacramento”
Já em outubro de 1757 o coronel Antônio da Rocha Pita possuía três léguas de terra na estrada da Fazenda Sacramento, às margens do Rio Açu.
Mas, O pequeno povoamento começou a ser formado quando, em 1815, o coronel Ovídio Montenegro instalou na região uma fazenda de gado.
Com a posterior chegada dos novos habitantes, nasceu a comunidade de Sacramento. O nome é uma referencia à famosa estória contada pelos mais antigos, sobre um vaqueiro que lutou para derrubar uma rês, mas além de não conseguir, caiu do cavalo, levando um tombo fatal. À beira da morte, o vaqueiro é visitado por um sacerdote que, coincidentemente, passava pelo local, e finda recebendo o sacramento da extrema unção.
O povoado de sacramento se desenvolveu devido à qualidade de suas terras férteis, boa para a agricultura e para a criação de gado. Nos idos de 1925, por reivindicação da população junto ao do município de Santana dos Matos, Sacramento passou a ter feira livre aos domingos. Em 30 de dezembro de 1943, Sacramento conquistou a condição de distrito do município de Santana do Matos, recebendo o novo nome de Ipanguaçu.
No dia 23 de dezembro de 1948, pela Lei n° 146, sancionada pelo então Governador do Estado, Dr. José Augusto Varela, Ipanguaçu desmembra-se de Santana do Matos, e passa a ser um novo município do Rio Grande do Norte.
A palavra Ipanguaçu é uma referencia ao termo indígena ipãnguaçu, que significa Ilha grande, o nome do pajé guerreiro potiguar que contribuiu significativamente para a colonização portuguesa na região do Potengi e ajudou, no ano de 1599, na fundação da cidade de Natal. Há quem diga, também, que o nome Ipanguaçu pode ter vindo da localização geográfica da cidade, que encontra entre os rios Açu e Pataxó.
O município de Ipanguaçu está localizado na região do Vale do Açu, a 214 quilômetros de distancia da capital, com uma área territorial de 375 quilômetros quadrados de extensão, onde residem 12.414 habitantes, sendo 4.592 moradores da zona urbana, e 7.822 do setor rural. Ipanguaçu limita-se com Afonso Bezerra, Assu, Angicos e Itajá.
Na economia local destaca-se a atividade agrícola irrigada, que tem se desenvolvido muito nos últimos anos, fazendo de Ipanguaçu um dos grandes produtores nacionais de frutas tropicais, com destaque para a Banana e a Manga. Outra atividade forte é a indústria cerâmica, na fabricação de telhas e tijolos. O município tem sua principal reserva hídrica no Açude Pataxó, com capacidade para armazenar mais de 24 milhões de metros cúbicos d'água.
O artesanato apresenta trabalhos de tecelagem realizados em teares movidos a pedal, e, utiliza-se a abundante palha da carnaúba existente na região, para a confecção de bolsas, chapéus, esteiras e tapetes.
As principais festividades do lugar são as comemorações em homenagem à padroeira, Nossa Senhora de Lourdes, que ocorrem no dia 11 de fevereiro, com atos religiosos, manifestações culturais e eventos populares.
(Fonte: Terras Potiguares/ Marcus César Cavalcanti de Morais).

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