Ipanguaçu
“A prosperidade de
Sacramento”
Já em
outubro de 1757 o coronel Antônio da Rocha Pita possuía três léguas de terra na
estrada da Fazenda Sacramento, às margens do Rio Açu.
Mas, O
pequeno povoamento começou a ser formado quando, em 1815, o coronel Ovídio
Montenegro instalou na região uma fazenda de gado.
Com a
posterior chegada dos novos habitantes, nasceu a comunidade de Sacramento. O
nome é uma referencia à famosa estória contada pelos mais antigos, sobre um
vaqueiro que lutou para derrubar uma rês, mas além de não conseguir, caiu do
cavalo, levando um tombo fatal. À beira da morte, o vaqueiro é visitado por um
sacerdote que, coincidentemente, passava pelo local, e finda recebendo o
sacramento da extrema unção.
O povoado de
sacramento se desenvolveu devido à qualidade de suas terras férteis, boa para a
agricultura e para a criação de gado. Nos idos de 1925, por reivindicação da
população junto ao do município de Santana dos Matos, Sacramento passou a ter
feira livre aos domingos. Em 30 de dezembro de 1943, Sacramento conquistou a
condição de distrito do município de Santana do Matos, recebendo o novo nome de
Ipanguaçu.
No dia 23 de
dezembro de 1948, pela Lei n° 146, sancionada pelo então Governador do Estado,
Dr. José Augusto Varela, Ipanguaçu desmembra-se de Santana do Matos, e passa a
ser um novo município do Rio Grande do Norte.
A palavra
Ipanguaçu é uma referencia ao termo indígena ipãnguaçu, que significa Ilha
grande, o nome do pajé guerreiro potiguar que contribuiu significativamente
para a colonização portuguesa na região do Potengi e ajudou, no ano de 1599, na
fundação da cidade de Natal. Há quem diga, também, que o nome Ipanguaçu pode
ter vindo da localização geográfica da cidade, que encontra entre os rios Açu e
Pataxó.
O município
de Ipanguaçu está localizado na região do Vale do Açu, a 214 quilômetros de
distancia da capital, com uma área territorial de 375 quilômetros quadrados de
extensão, onde residem 12.414 habitantes, sendo 4.592 moradores da zona urbana,
e 7.822 do setor rural. Ipanguaçu limita-se com Afonso Bezerra, Assu, Angicos e
Itajá.
Na economia
local destaca-se a atividade agrícola irrigada, que tem se desenvolvido muito
nos últimos anos, fazendo de Ipanguaçu um dos grandes produtores nacionais de
frutas tropicais, com destaque para a Banana e a Manga. Outra atividade forte é
a indústria cerâmica, na fabricação de telhas e tijolos. O município tem sua
principal reserva hídrica no Açude Pataxó, com capacidade para armazenar mais
de 24 milhões de metros cúbicos d'água.
O artesanato
apresenta trabalhos de tecelagem realizados em teares movidos a pedal, e,
utiliza-se a abundante palha da carnaúba existente na região, para a confecção
de bolsas, chapéus, esteiras e tapetes.
As
principais festividades do lugar são as comemorações em homenagem à padroeira,
Nossa Senhora de Lourdes, que ocorrem no dia 11 de fevereiro, com atos
religiosos, manifestações culturais e eventos populares.
(Fonte:
Terras Potiguares/ Marcus César Cavalcanti de Morais).
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