18 de novembro de 2013

Terras Potiguares: Florânia



Florânia
“A cidade das Flores”

Cosme de Abreu Maciel foi quem primeiro se instalou na região, entre 1754 e 1756, ao conseguir Datas de Sesmaria abrangendo as áreas de Patacorô, Maçaritâ, Riacho da Luiza, Rossauburú e Periquito. De acordo com o livro “Nomes da Terra” de Câmara Cascudo, já em 1726 Cosme de Abreu se dizia dono dos Sítios Riacho da Luiza, Maçaritã, Periquito e Patacurá, legalizados no mesmo ano. Cosme de Abreu também possuía casas, currais e cercados de plantio nas áreas de Passaribú e Riacho do Fechado.
Mas, apesar da presença de Cosme de Abreu na área, foi Atanásio Fernandes de Morais, com seus descendentes, quem realmente fundou a povoação. No ano de 1856 uma epidemia da Cólera Morbus se espalhou pela região, atacando para valer. Receoso com o avanço da epidemia, o velho Atanásio fez voto de fé, prometendo construir uma capela para São Sebastião se os moradores da localidade escapassem da terrível doença. Atanásio morreu em 1860, não conseguindo cumprir com o voto, mas sua viúva e seus filhos levaram a promessa adiante e em 1865, com a presença do Padre José Antonio de Maria Ibiapina, foi iniciada a construção da capela, e sua inauguração aconteceu com celebração da primeira missa pelo Padre Idalino Fernandes de Sousa, no dia 25 de dezembro do mesmo ano.
Em 1865, a localidade que se chamava inicialmente Roça do Urubu, mudou o nome para Flores de Vossurubú, e em agosto de 1873 passou a se chamar Povoado de Flores.
O nome Povoado de Flores, segundo o historiador Manoel Dantas, está relacionado diretamente com a paisagem de várzeas cobertas de mofumbais e suas flores perfumadas que, em conjunto com outras plantas, fazem um grande lençol de verdura numa linda policromia. Por esse tipo de beleza que apenas a natureza tem condições de proporcionar é que o nome Flores foi dado ao povoado e posteriormente ao município.
O município de Flores foi criado pelo Decreto N° 62, de 20 de outubro de 1890, assinado pelo Governador Provisório, Dr. Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, e seu território foi imediatamente desmembrado de Acari, com a instalação ocorrendo em 24 de janeiro de 1891. No dia 30 de dezembro de 1943, pela Lei n° 268, sancionada pelo Interventor Federal, General Antônio Fernandes Dantas, o município de Flores passou a se chamar Florânia.
O município de Florânia está localizado na Região Seridó do Estado, a 216 quilômetros de Distância da capital, na altitude de 315 metros, contando com uma área 507,6 quilômetros quadrados de extensão territorial, onde residem 8.930 pessoas, sendo 6.251 na zona urbana e 2.679 no setor rural. Florânia limita-se com Santana do Matos, Jucurutu, Cruzeta, São Vicente e Tenente Laurentino Cruz.
A economia é baseada na agricultura, pecuária, e produção de mel de abelha. O artesanto local apresenta trabalhos de pinturas em vasos ornamentais de argila; tecelagem em teares movidos a pedais ( com destaque para a confecção de redes de dormir ), bordados à mão, bolsas de palha, e cesta de cipó. O abastecimento d’água é feito através da Adutora Serra de Santana, com captação na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves.
O turismo e a história da terra são representados pelo Santuário de Nossa Senhora das Graças localizado no Monte das Graças, oferecendo uma extraordinária paisagem; pela Capela de José Leão Localizada a 2 quilômetros do setor urbano; e pelas inscrições rupestres nos Lajedos da Cachoeira do Capim Açu. O município tem ainda a mostrar a imponência da Serra da Garganta, um dos pontos mais altos do Estado, com 719 metros de altitude.
As principais festas de Florânia são a de Nossa Senhora das Graças, padroeira do Santuário do Monte das Graças, no dia 27 de novembro; e a de São Sebastião, padroeiro do município, no dia 20 de janeiro.
(Fonte: Terras Potiguares/ Marcus César Cavalcanti de Morais)








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