18 de abril de 2014

Terra Potiguares Itajá








Itajá
“Semeando em terras de pedra”
A história de Itajá começou com um pequeno núcleo de moradias que surgiu ao redor de uma fazenda de gado, nos idos de 1800. O pioneiro da localidade foi o Alferes Guilherme Lopes Viegas, fundador da povoação e proprietário de muitas terras herdadas de seu pai, o Tenente Antônio Lopes Viegas, conhecido como fundador de Angicos. No ano de 1803, Guilherme Lopes já estava plenamente instalado numa área por ele chamada de Pernambuquinho, numa referência a Pernambuco, seu Estado de origem. Foi exatamente em torno dessa propriedade, num local onde vários caminhos se encontravam, que nasceu o povoamento do Saco.
O Alferes Guilherme Lopes Viegas teve dois casamentos e dezenove filhos, contribuindo decisivamente, com seu trabalho e seus descendentes, para o crescimento do povoado. O seu sobrenome, Lopes Viegas, passou a ser distorcido por muitos, que chamavam” Lotes de Éguas”. Por isso, os descendentes do alferes pioneiro tiraram a palavra Viegas, que representava a fidalguia espanhola, e assim a principal família da história da localidade passou a se chamar apenas de Lopes.
O educador pioneiro do povoado foi o Padre Luiz Guimarães, que depois de ser suspenso das ordens, decidiu morar na localidade e trabalhar na alfabetização dos moradores. Esse trabalho foi seguido, em 1940, por outros bravos educadores, com destaque para as figuras dos professores Estevam Egídio Pessoa, Cecília Cândida da Silva e Maria Antonieta da Silva. Mais tarde, em 1955, começava a atuação da educadora Libânia Lopes Pessoa, conhecida por seu trabalho pedagógico junto à juventude local.
No ano de 1950 o povoado mudou de nome, passando a se chamar Itajá, palavra do idioma tupi-guarani que significa terras de pedras.
A partir de 1970 o povoado passou a se desenvolver mais rapidamente: primeiro com a chegada da energia elétrica e das telecomunicações; e depois com a instalação de sua primeira cerâmica, por iniciativa de João Eudes Ferreira, abrindo caminho para a implantação de um amplo pólo cerâmico.
Devido à prosperidade econômica de Itajá, que chegava através do pólo cerâmico, da agricultura, extração de cera da carnaúba, e da semente de oiticica; e, ainda, de uma crescente produção de leite, os filhos da terra iniciaram uma luta em defesa da autonomia política.
A independência política chegou no dia 26 de junho de 1992, através da Lei número 6.299, sancionada pelo então Governador do Estado, Engenheiro José Agripino Maia, fazendo com que Itajá fosse desmembrado de Ipanguaçu, tornando-se Município.
Localizado na chamada Região do Vale do Açu, o município está a 200 quilômetros de distancia da capital, com uma área territorial de 203,5 quilômetros quadrados de extensão, e uma população de 7.350 pessoas, sendo 7.188 moradores do setor urbano, e 162 da zona rural. Itajá limita-se com Ipanguaçu, São Rafael, Santana do Matos, Angicos e Assú.
A economia de Itajá é baseada num forte pólo cerâmico, na produção leiteira, na produção de frutas tropicais, agroindústria do melão e da manga, na agricultura, na extração vegetal, e na pesca em água doce. O abastecimento d'água é feito através da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade para dois bilhões e quatrocentos milhões de metros cúbicos d'água.
Entre as atrações turísticas locais, destacam-se as carnaubeiras e a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves.
A festa do padroeiro, São Vicente Férrer, a principal do município, é comemorada no dia 5 de abril, com muita religiosidade e eventos populares.
(Fonte: Terras Potiguares/ Marcus César Cavalcanti de Morais)



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