30 de janeiro de 2014

Terras Potiguares: Guamaré




Guamaré
“A Água Maré”
A área passou a ser conhecida como Guamaré, que vem da palavra água maré, por estar localizada às margens das marés dos rios Missaba e Aiatoá.
Logo cedo, nos idos de 1605, a região recebeu a presença do homem branco com a passagem do Capitão Pero Coelho, ao lado de seus filhos, de sua mulher e de soldados sobreviventes da tentativa frustrada de colonizar o Ceará. Sete anos depois, em 1612, encontrava-se registro da localidade no mapa de João Teixeira.
No ano de 1783, o português João Francisco dos Santos construiu a Capela de Nossa Senhora da Conceição em gratidão por ter conseguido se salvar juntamente com a tripulação de seu barco, por ocasião de uma grande tempestade no alto mar. Salvos da tempestade, João Francisco e seus comandados aportaram o barco na localidade de Guamaré.
A pequena comunidade continuou se desenvolvendo graças à pesca abundante e à existência de salinas naturais na área. Alcançou a condição de distrito, pertencente ao município de angicos, no ano de 1834. Já no ano de 1837, os moradores da localidade pediram a criação da Vila imperial de Guamaré, mas não foram atendidos pela Assembleia Legislativa Provincial. Dez anos depois, a localidade passou a pertencer ao município de Macau como simples povoado, e somente no ano de 1873, voltou a ser considerado um distrito. Apenas muito tempo depois, em 7 de maio de 1962, através da Lei n° 2.744, sancionada pelo então Governador do Estado, Dr. Aluízio Alves, Guamaré foi desmembrado de Macau, tornando-se, finalmente, um município do Rio Grande do Norte.
O município está localizado na Região Litoral Salineira, a 165 quilômetros de distancia da capital, com uma área territorial de 259 quilômetros quadrados de extensão, onde vivem 9.677 pessoas, sendo 4.230 na zona urbana e 5.447 no setor rural. Guamaré limita-se com Macau, Galinhos, Pedro Avelino, e o Oceano Atlântico.
Guamaré, que faz parte da região do Pólo Gás Sal, conta com uma variada atividade econômica, onde se destacam: a extração de petróleo e gás natural, a produção de sal marinho, a carcinicultura, a pesca e a agricultura. Com operações iniciadas em novembro de 1995, o Pólo Industrial do Município está em pleno funcionamento. Guamaré ainda conta com incidências minerais de Gipsita. No município também se localiza a estação de Tratamento da Petrobras, de onde sai o Gasoduto Nordestão que abastece as indústrias da região da Grande Natal e os distritos industriais de João Pessoa (PB) e Cabo (PE).
O artesanato é voltado para os bordados e labirintos: rendas de bilros; redes de pescar e de dormir e bonecas de pano.
O turismo predominante oferece sol e mar, com destaque para as praias do Minhoto, e do Presídio. O eco-turismo oferece as belezas do rio Miassaba e Camurupim; as dunas do Mangue Seco e da Lagoa Seca; os manguezais; e as ilhas do Presídio, Casqueira e Ema.
O Folclore se manifesta através do Pastoril Estrela do Norte; Bambelô Alegria; Boi Calemba; e dos Congos São-gonçalenses.
O município oferece a sua população e aos visitantes vários eventos festivos; encenação da Paixão de Cristo, na Semana Santa; carnaval; festa da emancipação politica, em maio; festas juninas; festa de Nossa Senhora dos Navegantes, em agosto; e a festa da padroeira local, Nossa Senhora da Conceição, comemorada no dia 8 de dezembro.
(Fonte: Terras Potiguares/ Marcus César Cavalcanti de Morais)

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